BLOGGER TEMPLATES AND TWITTER BACKGROUNDS

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O Plágio faz doer o coração


Hoje venho pedir desculpa a quem me segue e que com tanto carinho me comenta, pela atitude que tive de tomar, que foi bloquear a cópia dos meus poemas( que agradeço à Van do blogue “Retalhos do que sou”) que me ajudou a encontrar essa solução, eu sei que não vai resolver mas pelo menos dificulta a vida aos plagiadores.
Isto, porque por um mero acaso descobri que os meus poemas estão sendo plagiados numa quantidade assustadora por todo o lado encontro coisas minhas, há pelo menos um blogue que é quase só com poemas meus, fiquei arrasada e sem vontade de continuar, magôa muito ver o que escrevemos e que é o nosso sentir, as nossas ilusões e desilusões, as nossas feridas, o nosso EU mais profundo que deixamos em cada palavra que escrevemos (eu costumo dizer que não escrevo...mas que me descrevo) e por isso custa muito ver pessoas sem princípios, porque se os tivessem não se apoderavam do que é dos outros.
Não sei o que vou fazer, estou demasiado triste neste momento e quanto mais procuro, mais coisas minhas encontro, não tenho vontade de postar mais nada, estou desolada.
E as minhas desculpas vão para quem me deixa tanto carinho e que gostam de me fazer surpresas postando os meus poemas, por isso tenho o meu e-mail no lado direito do blogue bem visível, para quando quiserem um poema meu é só pedir por mail que eu enviarei com o maior prazer, sei que é desagradável e eu sinto-me mal por isso, mas não tive outra saída.

Por hoje deixo o meu beijinho carinhoso de sempre e o meu obrigada pelo carinho
Rosa

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Perdi-me no tempo...


Perdi-me no tempo e caminhei sem mim...à chuva e ao vento
Amordacei o corpo no silêncio da noite e aquietei o vulcão
Desfiz-me em cinzas nas chamas apagadas do sentimento
Entristeci a boca nos teus beijos ausentes sabendo a solidão

Andei perdida na noite...sem tempo certo para a mim voltar
Nos meus olhos tristes de flor do deserto onde a ternura matei
Na imensa solidão dos dias...nesta partida sem nunca chegar
Caminho com os pés rasgados por entre as rosas que sonhei

É na noite que as horas morrem...vazias a escorrer da minha mão
Neste rio fundo que em mim dorme...na noite que por mim chora
No Inverno que gela o meu corpo...no breu que vela esta solidão
Deito-me nua...rasgo os sonhos e prendo os gestos nas demoras

É no meu corpo que guardo os fantasmas...que adormeço o sonho
Nessa nudez sem roupa...num silêncio branco de rosas e lamento
No meu rosto envelhecido...vestindo as cores mortas de Outono
Num murmúrio de adeus à morte me entrego num sopro de vento

Nos meus frágeis braços vazios...guardarei a imensidão da dor
Entre a aurora e o crepúsculo...invento a solidão despida de ti
Na imensidão da noite fria...descanso as mãos prenhes de amor
Nas cinzas que arrefeceram...do fogo que adormeceu em mim

A ausência é um mar revolto sobre o meu corpo adormecida
Num leve rumor de asas...num silencioso sopro de vento norte
Tecendo em mim um colar de ilusão...quase morte...quase vida
Bebendo essa luz esmorecida na penumbra do meu corpo noite

sábado, 11 de agosto de 2012

Percorro os caminhos da noite...


                                                                               
Percorro todas as calçadas que um dia me levaram a ti...todos os sorrisos que foram meus...todos os devaneios que vivi ou inventei...todos os sonhos que agonizam no meu corpo...todas as esquinas da noite petrificadas no meu rosto...nos muros que prendem os meus passos...na ternura inventada no cansaço das horas...nas lembranças esquecidas por dentro do tempo...de mim...de ti...de nada.
Percorro o tecto branco das noites...instantes de silêncio onde as minhas mãos tateiam o vazio...os meus dedos soletram silêncios nos gestos frios da carne...no nada que nunca acontece...nas esperas que entardecem...nas noites que não amanhecem...nos espinhos que me rasgam a pele...na beira do abismo...no emaranhado labirinto onde me procuro...na noite onde não te encontro.
Percorro todos os caminhos da noite...todos os labirintos da solidão...todas as vozes que gritam o silêncio que percorre o meu corpo...todas as pedras que ferem os meus passos...todo o frio que amordaça os meus gestos...todos os minutos que calam as demoras...que consomem a chama do amor...a nudez da ausência...na sombra escura que tolhe os meus passos...espectro do que deixei de ser...grito do meu corpo sem morada...renúncia das noites vazias...soturno abraço que envolve os delírios desse corpo morto...desse desejo devastado por mil mortes...tecidas de gestos ausentes.
Hoje vestida de silêncio percorri a tua ausência nas pétalas que vestiram o meu corpo...nos sonhos que nasceram nas minhas mãos vazias... nas palavras que já foram nossas e se perderam nas esquinas do tempo...na imensidão da noite...nos braços vazios de nós...nos soluços que se desprendem do meu corpo...nos voos dos meus sonhos onde anoiteço...nos medos escorrendo dos dedos...na solidão presa nos gestos.
Hoje queria inventar uma ilha...vagar perdida nos braços do vento e caminhar nua na bruma de uma manhã cinzenta...num sonho por acontecer...numa história de amor por viver...hoje nas tuas mãos ausentes...queria repousar o meu cansaço.




A imagem daqui: www.americodosul.blogspot.pt




quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Escrevo a vida na pele...


Quando na noite não adormeço...escrevo o meu pranto
Escrevo os sonhos...a tristeza dos pássaros engaiolados
Os corpos que não se encontraram...escrevo o desencanto
Do amor por cumprir...dos desejos no corpo amordaçados

Escrevo os labirintos por onde vagueiam as almas perdidas
A despedida do Outono na cor da noite vestida de Inverno
As rosas vermelhas por nascer...as pétalas no corpo despidas
Num jardim da cor da bruma escrevo e sonho sempre eterno

Escrevo a nostalgia que me inunda em cada fria madrugada
Nas folhas mortas do tempo...escrevo o amor perdido no vento
Vagando entre o céu e o inferno...escrevo as mãos sem nada
Escrevo a vida e escrevo a morte na memória de um momento

Escrevo o dia a anoitecer...escrevo a noite que não amanhece
Escrevo os espinhos das rosas...na lonjura dos meus passos
Escrevo as vielas escuras e frias onde o meu corpo adormece
Na solidão onde embalo a ternura esquecida nos meus braços

Escrevo a amargura no silêncio das minhas mãos vazias
Rasgando as noites brancas da renúncia nas mãos do nada
Lado a lado com a solidão...prendo no meu olhar agonias
No corpo tenho sonhos desfeitos...despidos de madrugada

Escrevo a alma...escrevo o desencanto o meu nome não sei
Arrasto-me entre as brumas...do tempo o meu corpo despi
De escuridão vesti o olhar e por entre as trevas caminhei
Vagueando nas vielas da loucura...do meu corpo me perdi

Escrevo a vida na pele...escrevo do amor a melancolia
Mesmo a noite sendo fria...visto-me com a luz do luar
Mesmo o abismo sendo profundo...visto-me de poesia
Deixo uma folha em branco para escrever o meu final

A imagem daqui: www.americodosul.blogspot.pt