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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Vestida de Saudade



Nesta saudade que me veste...perdida de mim
Nos meus olhos tristes...um sorriso amordaçado
Uma fria recordação...uma dor sem fim
Perdurando no silêncio...deste amor cansado

Morreu em mim o desejo...cansado de tanta mágoa
Tantas madrugadas...tanta noite...tanto frio
Tanta lembrança...tanta ausência...tanta mágoa
Suspenso no tempo...ficou meu corpo vazio

Tudo em mim é noite imensa...fria escuridão
No anoitecer do tempo...uma dança de agonia
Amortalhando a minha alma...ferindo meu coração
Nas palavras que foram vida...vive a melancolia

No meu rosto envelhecido...os sonhos morreram
Viveram a luz...aqueceram a noite...foram madrugada
Caminharam comigo...no coração adormeceram
Hoje...vivem na noite...esperando a alvorada

Minha alma vive no limbo...minha eterna solidão
Abraça-me a noite...envolve-me em seus braços
No silêncio magoado...perdi a ternura...a ilusão
Estão perdidos no tempo...o ontem dos meus passos

Vagando na madrugada...meu amor anoitecido
No silêncio do passado...ficou a felicidade
Suspenso na solidão...meu coração ferido
Esperando o amor...vestida de saudade

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Meu Poema



No meu poema...há o silêncio da noite...a escuridão
Há saudade...há lembranças...minha amargura
Instante eterno...intensa dor...negra solidão
Meu poema é rima triste...noite escura

Meu poema...escrito a sangue...abismo fundo
Na tua presença...há uma ausência sem fim
Há um frio que sufoca...um grito profundo
Há um latejar...um corpo perdido...de mim

Bebo a tristeza...em copo de esquecimento
Perdida no meu poema...uma lágrima de amor
Esperando na noite...o cálice do sofrimento
Caminhando na treva...vagando na minha dor

O meu rosto sombrio...traz em mim o anoitecer
No meu peito cheio de mágoa...chora a solidão
Perdido na memória...ficou o meu querer
Na rima dum poema...escrevo a desilusão

Há na minha voz um lamento...um grito de dor
Um choro de saudade...vaga amargura
No meu poema...a sombra de um amor
No meu peito...um sonho...noite escura

Sempre esta solidão...esta sombra...este vazio
Sempre este silêncio...desenhando meu poema
Sempre esta tristeza...as lágrimas...este frio
Sempre a noite...sempre esta dor que me queima

sábado, 22 de maio de 2010

Coração Magoado



Num tempo distante...minha lembrança perdura
Nas folhas de melancolia...que o meu corpo vestiu
Envolto em agonia...meu coração é noite escura
Vagando na sombra da morte...tão carente...tão frio

Arranco as palavras...do livro das minhas mágoas
Amordaço o amor...no mais fundo do meu peito
Esqueço meu corpo...no rio das minhas lágrimas
Procuro restos de mim...no silêncio onde me deito

Vasculhei nas gavetas do meu peito o que resta de mim
Encontrei cartas esquecidas...tristes poemas de amor
Restos perdidos duma ilusão...sombras de mim e de ti
Cinzas de sonhos perdidos...momentos de mágoa e dor

Nas cinzas dum poema...escrevo a minha mágoa
Palavras feitas de instantes...Inverno da minha dor
Suspensa na bruma do meu olhar...ficou uma lágrima
Doendo no corpo e na alma...uma melodia de amor

O silêncio está preso em mim...negro lençol de cetim
Feito de tempo e cansaço...escorrendo da minha mão
Noites brancas e madrugadas frias...restos de mim
Sepulcro dos meus sonhos...meu leito de escuridão

Nos meus tristes olhos negros...guardo o silêncio de ti
Guardo as rosas no meu corpo...desse amor sonhado
Nas brumas do passado...guardo o que sobrou de mim
No silêncio dum poema...canto um triste fado magoado

terça-feira, 18 de maio de 2010

Mãos de ausência



Minhas mãos perdidas no vazio...um vazio maior que toda a ausência...num poema triste...voz de uma saudade...perdida no olhar sem vida...na solidão de bocas inertes...marcadas a fogo...num grito de amor...querendo um suave amanhecer...sem dor.
Queria serenidade nas minhas mãos...amor na minha alma dorida, nos meus olhos a eternidade do amanhã...num infinito para além do horizonte...num tempo de espera eterna...na noite dos meus silêncios,gritando a solidão...num soluço que se desfaz em lágrimas...breve instante...onde minhas mãos procuram o caminho, em desalento...suspensas no tempo...memórias eternas...sombra de noites sem luz...feridas de amor...destroços de vida...num abismo sem fim, rasgando a escuridão que em mim perdura...abismo infinito para onde caminho, sem nunca chegar...perdida de mim.


sexta-feira, 14 de maio de 2010

Meu corpo de Outono



Meu corpo é terra retalhada...frio Outono
Morre aos poucos...na sombra dos meus dias
Nas cinzas eternas...onde caminha o sonho
Vive o desengano...no ontem de alegrias

Perdido na dor...meu corpo chora por mim
Invade meu peito...com o seu silêncio
Na sombra das palavras...na ausência de ti
É folha ressequida...nas cinzas do tempo

No adeus do meu corpo...vive a saudade
Na noite do meu olhar...uma surda agonia
Uma sombria escuridão...sem encontrar claridade
Nesta eterna mágoa...caminho sózinha...vazia

Perdeu-se no tempo...o ontem de felicidade
Esgotou-se na vida...nos anos...nos dias
Nos ressentimentos...perdeu-se a mocidade
No meu corpo vazio...ficaram as noites tão frias

No amargo gosto da solidão...escurece o dia
As madrugadas são feridas...no corpo...na alma
A noite tão escura...testemunha da minha agonia
Meu olhar é Inverno...bruma da minha mágoa

No vazio do meu olhar...arde a solidão
Dentro do peito...o grito da minha dor
Na memória...guardo o tempo...a ilusão
No meu corpo...guardo o silêncio do amor

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Anoitecer



O passado é um labirinto de recordações...abismo do meu olhar magoado...vagando na sombra da memória, num frio de solidão...vazio intenso na noite...eco de longas horas...escuridão sem fim...grito de alegrias mortas, muro negro de palavras por dizer...numa eternidade de deserto...na solidão do meu olhar...numa melancolia de passado sem futuro...longa resignação a rasgar-me o corpo e a alma...noite longa de lamento...espectro da minha renúncia...ecoando na memória...recordações de instantes adormecidos...de palavras que esperei...num suplício de amargura...despojos da minha dor...num grito vão...na distancia do passado...num deserto de memória esquecida...num frio olhar...grito da minha mágoa...clamando a dor que sufoca, nas noites sem fim...mergulhada nas cinzas das lembranças...no meu sorriso parado...suspenso no tempo...no meu rosto de amargura...tristeza do meu anoitecer.


sábado, 8 de maio de 2010

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Sombra de mim



Em vão por ti...na noite minha alma clama
Mas tudo é solidão...silêncio profundo
É escuridão e vazio...essa voz que me chama
No fundo do meu ser...grito ao mundo

Sou sombra...entre o poente e a alvorada
Sombra da noite...que não amanhece
Sombra de mim...de ti...do nada
sombra da sombra...que me enlouquece

No silêncio da noite...vozes choram por mim
No limite da vida...no infinito do tempo
Na voz do meu pensamento...no vazio de ti
Na tristeza da minha alma...choro meu lamento

Meus passos são silêncio...sombra e treva
No instante do tempo...minha alma escurece
Em silêncio...chamo a morte...em entrega
Num rosário de mágoas...meu coração desfalece

Nas trevas do meu corpo...grita a solidão
Em desalinho...meus pensamentos são tortura
A dor que vive em mim...é escuridão
O meu peito sangra...envolto em amargura

Estou só...na sombra de ti...minha agonia
Desce em mim a noite...chora meu coração
Na treva do meu olhar...vaga a melancolia
Perdida de mim...no vazio da solidão

domingo, 2 de maio de 2010

SER MÃE