quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Recordações
Nas recordações perdidas na memória...no tempo
Felicidade distante...que o meu coração guardou
Em tantas madrugadas...de infinita dor e lamento
Nas noites de amor...que o tempo em mim matou
Esqueci frases que trocamos...amor que vivemos
Mágoas do que não vivi...tristes lembranças
De um amor que tivemos...e esquecemos
Na dor sentida... nas falsas esperanças
Perdida de mim...chamo-te num grito mudo
Caminhando envolta no meu próprio lamento
Nas mãos vazias carrego um abismo profundo
Resquícios de um sonho...deitado ao vento
Há nas minhas noites... um secreto desespero
Recordações de outras noite que foram de amor
Que hoje são um passado...que não mais quero
No que resta para viver...não quero mais dor
Nas sombras da noite...no crepúsculo dolente
Meus olhos tristes procuram por ti na lembrança
São rios de angustia profunda de mágoa fremente
Cegos de dor e saudade...perderam a esperança
Nesta infinita espera...na indizível distância
No cansaço das palavras...que esperei de ti
Nesta fria existência...caminho sem esperança
Na sombra da minha sombra no horizonte sem fim
Ainda estão em mim as cinzas do fogo adormecido
Entre as sombras escuras...deste vazio entardecer
Incertas esperanças...no sonho de mim perdido
Nas cinzas do amor...no meu corpo a adormecer
Nas pedras do meu caminho...colho restos de flores
Esqueço o tempo na imensidão da noite escura
Passaram os momentos...os sonhos e os amores
Colho flores no meu corpo...flores de amargura
RosaSolidão
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
É Natal...morre a Mulher...Fica a Mãe
Três amores me deu a vida
Meus filhos adorados
São a coisa mais querida
Por mim muito amados
Ser mãe... é muito belo
O melhor que há no mundo
É na vida criar um elo
Grande e profundo
Tudo o que fiz na minha vida
Vocês foram a beleza
São meu amor...minha guarida
Que afastam de mim a tristeza
Se a este mundo vim
Para vos ter... e Amar
Neste amor sem fim
Mereceu a pena cá estar
O meu amor vos acompanhará
A percorrer vosso caminho
Nunca vos deixará
Serei sempre vosso ninho
sábado, 19 de dezembro de 2009
Apenas Recordação
Queria dizer-te palavras...que o tempo calou
Sentimentos...além de ti...além de mim
Ausência marcada...no laço que se quebrou
Um sorriso antigo...amor que chegou ao fim
Palavras esquecidas...saudade eterna
Voaram no vento...suspensas no tempo
Suspensas na vida...onde esperei por ti
Palavras sentidas...murmurios de lamento
As palavras que não dissemos...ficaram
No pó do tempo...no livro do esquecimento
No diário da vida...dos que muito amaram
Nas trevas da noite...nas asas do vento
Nas palavras...nos poemas por escrever
No silêncio...que a solidão instalou
Na minha alma...no meu querer
No sentimento...que o tempo apagou
Soltam-se dos meus versos tristes
Sonhos que sonhei...ou invento
Na minha memória...tu não mais existes
És só recordação do meu tormento
Queimámos as horas...as palavras...os momentos
Em silêncios dolorosos...em instantes sem fim
Que se esgotaram...em anos de lamentos
Nada restou...foi apenas só um sonho ruim
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Quando...
Quando as noites negras de luz se iluminarem
Quando na minha alma se acabar o desencanto
Quando meus tristes olhos...não mais chorarem
Quando no meu rosto de cinza se secar o pranto
No caminho longo...na distancia sem fim
Não quero mais lembrar...quero esquecer
Toda as mágoas passadas...tudo o que senti
Tristes soluços que no meu olhar quero adormecer
Depois de tanta desilusão...quero o sol a brilhar
Nos meus olhos tristes...de madrugada fria
Depois da noite despida de ti...quero sonhar
Quero amar novamente...enfim sentir alegria
Sou uma sombra errante onde a vida adormeceu
Dependente de vontades...presa a sentimentos
Quero ainda ser uma outra vida...ou outro eu
Não este corpo vazio...vestido de lamentos
Rasgo as páginas da vida...testemunhas dos meus dias
Escondo as lágrimas...solto na noite os meus medos
Na madrugada sem claridade...no mar de nostalgia
Nas lembranças perdidas...desvendo meus segredos
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
domingo, 13 de dezembro de 2009
Memórias Breves
Revejo a minha vida...numa imagem trémula de memórias breves, envoltas no silêncio...memórias sem tempo...que as nuvens em mim arrastam, como numa galeria escura...numa penumbra sem nascente...no eco de palavras vãs...num olhar de súplica...nas mãos... um rastro de entrega...na noite uma réstia de luz...num olhar longo e desesperado, como esgotamento do tempo perdido na memória...na bruma dos anos que passam depressa...sem segurar o instante...no tempo da noite de espera...suspensa pelo cansaço...no infinito da distância...dispersa... revolta... como vagas de desespero, de lágrimas que se apagaram no tempo...perdidas...magoadas... que ninguém vê...caídas da alma...sentidas...nas cinzas de mim.
Tempo esquecido no vazio da memória...dois olhares desconhecidos...nos fragmentos de caminhos cortados no tempo, em que a palavra é silêncio, na distância que separa a noite do dia...onde nada existe em mim...na esperança que os meus olhos perderam...na incerteza inquieta...em silêncio no meu caminhar...na memória do ontem... sem amanhã...na morte do que não existe...na vida que é memória.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Tempo Suspenso
Fiquei suspensa no tempo...deixei-o morrer
Perdido no meu olhar...para além de mim
Ficaram caídos no chão...restos do meu ser
Momentos perdidos...da vida que não vivi
No espaço vazio da memória...ficaram esquecidos
Sonhos que sonhei...pedaços tristes do meu sofrer
Na minha alma ficaram marcados...na noite perdidos
Efémeros momentos de vida...que quero esquecer
Sou companheira da noite...sou irmã da saudade
No entardecer de vida...sou a sombra do dia
Na dor que me enlouquece e no meu peito arde
Neste triste sonho de amor..há restos de agonia
Perco-me no tempo e encontro-me no desencanto
De noites que não amanhecem...de sonhos que anoitecem
De vida sem encanto...num fado de mágoa e pranto
Negras noites...noites que não se esquecem
Grito...queimo restos de um amor
No amanhecer...dum horizonte perdido
Num sentimento...que se escoa na dor
Num ultimo alento...desengano vencido
Choro ao vento...chamo a solidão
Meus olhos turvos...gritam à vida
Neste pecado...sem remissão
Acorrentada na sombra...alma perdida
Há no meu coração uma dor profunda...plangente
Que jaz adormecida no meu corpo de pedra fria
Que fica chorando em mim...tão mansamente
Dor que me sufoca...dor de vida em agonia
domingo, 6 de dezembro de 2009
Caminho errado
Caminho sobre as palavras... de quando era feliz, quando o meu mundo era bonito...num verso que cantava o amor...na ultima vez que tocaste a minha pele...ainda menina-mulher...onde os momento não eram silêncio de anos...que entram na mulher madura...já rosto sereno, que se tranformaram em sombra...a entrar pelo vazio das palavras caladas, dos meus lábios sem voz...nas horas de espera... duma vida que não é minha...no meu rosto uma lembrança de outros dias...entre dois momentos...o antes e o agora...onde nunca nos encontramos...no adormecer... no acordar, de dias sem fim, um peso negro no meu peito...num grito desesperado...de mim...calada.
No meu rosto, uma sombra de vazio, no imenso corredor de silêncio...onde não sinto a tua respiração na minha pele...sou um grito de flor a morrer...num tempo perdido...num passado que só eu lembro...num presente que quero esquecer, num futuro que não quero...suspenso no tempo.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Corpo de Solidão
Meu corpo estremece...no orgasmo duma saudade
Rasgando a minha alma em mil pedaços
Noite dos amantes...luar de intimidade
Carícias negadas...só sem teus braços
Meu corpo...caminho de rua silenciosa
Corpo de mistério...vazio sem fim
Hoje é saudade de ti...já foi rosa
Corpo sem amante...noite de mim
No meu corpo...um grito mudo
Vagas de delirio...fogo lento
Entranhas de memória...mar profundo
Na ansia do desejo...de amor sedento
Meu corpo...morre em cada madrugada
Dormente, envolto em chamas...fremente
Chamando o amor...grita a alvorada
Em todos os recantos...roucamente
Rastros de chamas invadem o meu corpo rasgado
Como ferro em brasa...como oceano
Como tempestade... de sonho acabado
Corpo maldito...corpo profano
Meu corpo morre...pouco a pouco
Minha alma ainda lhe pede vida
Meu coração ainda bate como louco
Chorando meu corpo...em despedida
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Anoitece
Anoitece em mim...na aridez do deserto percorrido, num reencontro com o impossivel, submerso no silêncio, da eternidade que vive em nós e se desvanece no anoitecer de um momento...numa saudade quente, do que foi...ou a ilusão em que se tornou...na irrealidade em que se inventa o tempo, que se distancia da linha que nos une e se vê na distância do nosso olhar...como um grito no meu rosto...na corrupção lenta do tempo...num choro intimo e longo de sofrimento...a tua imagem na minha memória...no longe do tempo...depois ou antes do espaço da minha angustia...nos passos que dou para o que falta para viver...no esgotamento final de todas as ilusões...nas ruinas que o destino constroi...nos espaços de vida, entre o antes e o depois...na eternidade absoluta do momento, de todo o espaço da solidão que existe...no TU e EU, na dormência de cansaço...nos passos que gritam...na rua deserta por onde caminho...não lado a lado...mas SÓ.
Olho a vida, meus olhos nublados de água..na sombra da noite que desce sobre mim.
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