segunda-feira, 29 de março de 2010
Palavras Vazias
Sou a voz do silêncio...o chorar do vento
Na eternidade da memória...sou a dor da vida
Nas palavras por dizer...vagam murmúrios do tempo
Nos braços da noite...caminho sozinha...perdida
Calo dentro de mim o vazio...o desalento
Apago a lembrança...no meu peito adormecida
Ficam as palavras...as lágrimas...meu tormento
No hoje... sem ontem...ficou a minha vida
Sou o que sobrou do tempo...noite sem luz
Escuridão do passado...agonia do presente
Da vida já nada espero...nada me seduz
Sou alma atormentada...que já nada sente
Deixo no vazio...minha existência...minha ilusão
Choro meu lamento...esperando o passar das horas
Sepultei minha dor...no fogo morto da paixão
No meu triste caminho...eternidade como demoras
As palavras ficaram...no meu coração magoado
Numa eterna despedida...minha alma chora por mim
Na madrugada que chega...o silêncio está a meu lado
Na escuridão da noite...na cama fria...um vazio sem fim
Eu canto o silêncio...na solidão da Primavera
Numa dor de ausência...a rasgar-me o peito
Neste vazio doloroso...onde ninguém me espera
No entardecer da saudade...onde me deito
quinta-feira, 25 de março de 2010
Deixei em ti
Deixei em ti...meus sonhos...minha vida
Perdi minha alma...momento a momento
Na minha memória vive...uma dor sentida
Deixo a ilusão...na sombra do esquecimento
Perdeu-se na solidão do tempo...o amor
Na escuridão da noite...nas palavras por dizer
No vazio da ternura...nos caminhos da dor
Na fria eternidade...do meu entardecer
O passado deixou...frio em ti...mágoa em mim
Nas palavras...no silêncio...o vazio separou
Na minha recordação...a vida que não vivi
Ficou sepultado no tempo...o que de mim sobrou
Na solidão do meu corpo...sou sonho interrompido
O fogo da Primavera...morreu em mim
Só restou a cinza...no desejo adormecido
Ficou no esquecimento...na noite que vem de ti
Na minha voz cansada...nas palavras gastas
Há sombras nos meus olhos...que vêem dos teus
Emoções perdidas...sombras nefastas
Num mar de saudade...nos olhos meus
Falo à solidão...diz-me de ti
Dos sonhos que ficaram no passado
Do amor que foi nosso...está em mim
Ferido...adormecido...amordaçado
terça-feira, 23 de março de 2010
Silêncio
A noite desce devagar, entranhando-se no meu silêncio...a minha mão anoitece nas letras que escrevo...meus olhos sem luz estão cansados, o papel onde escrevo é negro, como os pensamentos que me guiam a mão...procurando letras de ternura que não sei escrever...estou morta...os meus sentidos morreram...num espaço deserto, no limite do céu...na mortalha feita de nuvens da minha ilusão, no meu corpo envelhecido pelo tempo....amargo no silêncio eterno...um instante apenas onde meu coração escuta o silêncio do sepulcro...num deserto onde houve flores...derradeiras pétalas que tombam, sobre o que sobrou de mim...nas sombras que caminham na obscuridade...há uma ternura breve...depois o nada...a treva...o abandono de mim.
No esgotamento final...tão longo...tão doloroso, num grito de dor, raiando o horizonte onde o sol escurece, no meu corpo por amanhecer, como um fogo de ruína...restos de um incêndio...terra morta num tempo de aridez, na noite que me devasta, na infínitude do destino...na obscura condenação do vazio...nos recantos da sombra...onde fiquei só...nos meus sonhos...no limite do silêncio...nos sons breves de palavras, que estremecem na noite...sem destino, nas memórias antigas...apodrecidas, desfazendo-se em cinza, numa nudez gelada...chorando o meu corpo...em desespero...no limiar do tempo...nos olhos do passado...afundo-me na escuridão sem fim, onde escorre meu sofrimento, no espaço vazio do TU e EU, infinito morto em mim...na memória cansada, como espelho embaciado...a olhar a vida...uma imagem no silêncio...no céu que escurece...na sucessão dos dias...na angustia deste vazio...onde o passado e o presente choram em mim...na tristeza dos meus olhos, vestidos de Outono, vagando na melancolia...são escárnio do meu silêncio...memória da minha loucura, na sombra do tempo que morreu, na nostalgia da eternidade.
No esgotamento final...tão longo...tão doloroso, num grito de dor, raiando o horizonte onde o sol escurece, no meu corpo por amanhecer, como um fogo de ruína...restos de um incêndio...terra morta num tempo de aridez, na noite que me devasta, na infínitude do destino...na obscura condenação do vazio...nos recantos da sombra...onde fiquei só...nos meus sonhos...no limite do silêncio...nos sons breves de palavras, que estremecem na noite...sem destino, nas memórias antigas...apodrecidas, desfazendo-se em cinza, numa nudez gelada...chorando o meu corpo...em desespero...no limiar do tempo...nos olhos do passado...afundo-me na escuridão sem fim, onde escorre meu sofrimento, no espaço vazio do TU e EU, infinito morto em mim...na memória cansada, como espelho embaciado...a olhar a vida...uma imagem no silêncio...no céu que escurece...na sucessão dos dias...na angustia deste vazio...onde o passado e o presente choram em mim...na tristeza dos meus olhos, vestidos de Outono, vagando na melancolia...são escárnio do meu silêncio...memória da minha loucura, na sombra do tempo que morreu, na nostalgia da eternidade.
sábado, 20 de março de 2010
Vazio...
Na ausência das palavras...canto à solidão
Uma triste melodia...rasgando a saudade
Escrevo o silêncio...numa triste canção
Na escuridão da noite...espero a claridade
Sou a sombra da noite...resto de luar
Vago no vento...embrenho-me na escuridão
Nos meus versos...escrevo rimas do verbo amar
Esperando que o tempo...me devolva a ilusão
Sou metade grito...metade solidão
Sou a dor do silêncio...sou a lágrima
Uma parte de mim é luz...outra escuridão
Nas páginas da vida...escrevo minha mágoa
Na errante noite...na sombra que olha o céu
Ventos de sepulcros...lápides frias
Tempestade no meu peito...negro véu
Angustia vagando...nas mãos vazias
O vazio existe...nas ondas revoltas
No céu...no mar...no abismo profundo
Nas margens do meu corpo..emoções soltas
Nas sombrias palavras...que grito ao mundo
Há no meu peito..um chorar magoado
Cruel...dolorido...como o destino
Uma chama agreste...um triste fado
Um mar de escolhos...no meu caminho
quarta-feira, 17 de março de 2010
Desalento
É tão fundo o silêncio...onde mora o tempo
No meu corpo esquecido...na lenta agonia
Na escura madrugada...visto-me de lamento
No meu rosto sem idade...vaga a melancolia
A noite guarda-me o silêncio...no olhar
Guarda-me o passado...o presente...o nada
No meu peito havia flores...na noite havia luar
Hoje são cinzas dos meu sonhos na madrugada
Na névoa do tempo...vaga meu pensamento
Na tua distancia...procuro-me na treva
Perdida de mim...nas ruas do meu lamento
Procuro-me na solidão...onde minha alma navega
O meu rosto triste...no silêncio espera
Envolto no próprio abismo... chora
Procura por mim...procura quem eu era
No principio do fim...procura a aurora
Sigo o caminho da minha alma torturada
No meu silêncio...sou a sombra e o desalento
Nas noites frias...chora em mim a madrugada
Sou o suplicio da vida...o frio do esquecimento
Nesta solidão pungente...que dói tanto
Sepultada a rosa do desejo...entre as mágoas
Encarcerada no obscuro infinito do meu pranto
No meu leito frio não há ternura...apenas lágrimas
domingo, 14 de março de 2010
Rimas tristes
Desce o crepúsculo em mim...antecipando a fria noite
Vagando dolente no meu corpo...esperando o alvorecer
Num silêncio de súplica...chamo por mim e espero a morte
No tempo que corre lento...sombra do meu entardecer
É na noite escura... que vagueia a minha sombra perdida
Na imensidão do pensamento...vestida de negro manto
Por entre o silêncio da madrugada...vagueia sem guarida
Sombra moribunda...sozinha caminha...vestida de pranto
Sou a chama que se apagou...sou abismo...deusa da noite
Sou o soluço das águas...navegando num mar de agonia
Sou a sombra do cipreste...sou a noite que cobre a morte
Sou a lágrima perdida...filha da noite...escrava da poesia
Sangro por dentro...no meu coração...na dor da minha carne
No meu peito há uma saudade morta...noite feita de lamento
Nos meus olhos que foram vida...são já chama que não arde
Folha negra...horas mortas...rimas tristes...meu tormento
Bebo a ultima gota do veneno do amor...brindo à solidão
No ontem que morreu em mim...na vida que me esqueceu
No tempo que me escorre entre os dedos...um resto de ilusão
Perdidas no tempo as lembranças...deste corpo que foi meu
quarta-feira, 10 de março de 2010
Apenas cansaço...
Apenas um cansaço, um abandono à solidão, um rasgar de sentimentos que já não existem...os sonhos...a vida a dois que ficou nas palavras...não ditas...na mágoa profunda que os anos deixaram...num amor que é passado...num presente que é apatia, um muro construido lentamente, dia após dia, separando toda uma vida, temendo a noite, que me deixa frente a frente, com a realidade...num corpo vazio de paixão... morto. Numa luta de silêncios, num caminhar só, no coração que não sente nada, num vazio de lembranças apenas...do tempo...do ontem...na alma e no corpo... o nada, nos momentos obscuros que me seguem, me prendem, na rua vazia do meu abandono, num diálogo de cinzas, na névoa do tempo...onde estás ausente, nas palavras...no pensamento, na distância infinita da indiferença, no desejo morto...na amargura do tempo, na morte secreta do abismo de memórias apagadas, nas palavras amargas...inertes esperando no vazio, na tortura do tempo...na cinza dos olhos, que já brilharam...hoje são treva...sombra de silêncio, nas lágrimas que caiem docemente, na noite imensa do meu desespero, nas madrugadas que se perderam no tempo...no vazio da ternura, sem um sopro de esperança, nas mãos vazias...no refugio da solidão fria, que vive comigo...num muro eterno, que restou do esquecimento... dos sonhos...que o tempo esfumou, nas sombras que trazem a saudade, agonizando num passado de indiferença e desencanto...nos gritos contidos...no obscuro infinito, da errante noite do meu caminho.
Nas memórias da noite...tenho a tua ausência
Neste Outono que me veste...deixo meu abandono
Neste caminho sem fim...nesta triste dolencia
Neste tempo, sem tempo...neste sofrer sem retorno
O meu cansaço...mora no tempo, na eternidade
No silêncio calado...na escuridão das horas
Desencontrada entre a bruma e a claridade
Na linha do horizonte...onde tu solidão moras
Sou da morte a sombra...no descanso que tarda
Na noite tu me segues...além do pensamento
Sou a sombra que te segue...esperando o momento
De encontrar na eternidade...a luz da madrugada
Minha vida incerta, dolorosa...caminho sem volta
Na profunda solidão...tão perdida, tão carente
No meu grito...toda a dor...toda a revolta
Nesta saudade de mim...nesta mágoa fremente
domingo, 7 de março de 2010
Choro...
Espero a noite...meu amor...a noite sou eu
Vagando no vento...esvoaçando na escuridão
Me afundo...fundo...no profundo mar
Na linha do destino...mergulho na ilusão
Sou perdida lembrança...aurora e crepúsculo
Eu ainda choro...meu amor... saudade minha
Procuro os sonhos que perdi...e ainda busco
Neste Outono...cai a noite...e estou sozinha
A saudade dói no meu peito...queima como lume
O alvorecer é a sombra da noite...minha agonia
É farpa trespassando o coração...aguçado gume
É negra névoa...no meu peito... à luz do dia
A solidão está em mim...está na noite...está na mágoa
Presa em mim...fala-me de ti...não me deixa só
Chama-me na noite...segue-me...é meu fantasma
Escurece-me o rosto...dorme comigo...é a minha voz
A noite escurece a minha alma...a solidão é fria
Choro as lembranças...digo adeus ao passado
Choro o amor...choro-me a mim...de tão vazia
Choro a menina- mulher no meu corpo amargurado
Choro por mim...choro por ti e choro por nós
Choro a ausência e o vazio que me deixou assim
Choro as cinzas desse amor..meu castigo...meu algoz
Choro a morte e choro a vida...chamo por mim
quinta-feira, 4 de março de 2010
Meu Olhar
Meus olhos vivem na sombra...perdidos no tempo
Vagam ao sabor do pensamento...no rastro das lágrimas
Numa eterna saudade...vagam ao sabor do vento
Vestidos de cinzas...escurecem...nas minhas mágoas
Os meus olhos...tão sombrios...tão errantes
Tão silenciosos...envoltos no mistério de mulher
Uma eterna lembrança...de momentos já distantes
Uma eterna despedida...daquela que a vida não quer
No fundo dos meus olhos...adormece a saudade
Nas imagens do passado...tão frias...tão sombrias
Nas lágrimas dos meus pensamentos...a eternidade
Dos silêncios...que são sombras dos meus dias
As trevas dos meus olhos...espelho do meu abismo
Sobrevoando a angustia...abandono-me ao tempo
Onde estou morta...mas penso que ainda vivo
Onde estou viva...envolta num calvário lento
Nesta penumbra...no silêncio dos meus passos
No instante do ontem...no que resta do hoje
Bebo as lágrimas...no eleio dos meus braços
Procuro na eternidade...a vida que me foge
Procuro uma rosa vermelha...nas cinzas do meu olhar
Procuro o grito da aurora...no infinito da mágoa
Procuro a cor da ausência...no fundo do mar
Nos espinhos do meu corpo...a ultima lágrima
segunda-feira, 1 de março de 2010
Perdi-me
Perdi-me nas lembranças...perdi-me de mim
Esqueci os meus sonhos...deixei-me enterrar
Perdi-me da vida...perdi-me nesta dor sem fim
Entre as sombras e o silêncio...deixei-me vagar
Deixei no tempo o futuro...o ontem está esquecido
No caminho percorrido...ficaram as esperanças
Perdi-me nos sonhos...rumei ao infinito
Nos sentimentos ocultos...vivem as lembranças
No meu quarto...nas paredes frias...só a solidão
Na minha cama...só meu corpo...jaz esquecido
Perdi-me nas madrugadas...perdi-me na escuridão
Na tristeza dos meus olhos...o amor adormecido
Sonho...perco-me...o ontem já passou
Encontro-me no vazio do hoje...tão sombrio
Esperando o amanhecer...que não chegou
Esperando o amor...que no passado existiu
No meu corpo...está ausente a Primavera
Apanho as pétalas...que são flores do passado
São lembranças..são sonhos...são quimeras
Saudades de mim...no meu corpo amargurado
A poesia percorre o meu ser...solta-se a mágoa
Meu coração despedaçado...faz-se rosa
Perco-me no vazio...solta-se a lágrima
Chorando a desventura...faz-se prosa
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