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domingo, 28 de setembro de 2025

Por vezes queremos que o amor exista!


Por vezes é bom enlouquecer...virar a alma do avesso e deixar flutuar o corpo no outro lado de nós. Seguir por estradas sem saída...por abismos sem fim. Guardar os sonhos no pó dos caminhos e escavados no tempo...desenhar desejos e gritar anseios na escuridão das longas noites de solidão...mergulhar no abismo.

Por vezes é num silêncio acolhedor que nos encontramos e é bom ficar assim flutuando entre o tempo e o espaço. Mesmo que seja entre os cardos que nos ferem os pés e os muros que nos cortam os passos. Na ilusão de todas as demoras...na inquietação de todos os gestos que ficam presos na memória da alma onde queremos escrever a palavra amor no azul dos sonhos.

Por vezes pensamos nos sonhos que gostariamos de viver sem momentos certos para acontecer...procurar o que um dia fomos por entre as cinzas das palavras que apenas o olhar disse...da ternura partilhada na imensa brevidade de um instante que se fez saudade...numa falta que se quer presença e chama ardente.

Por vezes os espelhos são lugares intangíveis no fundo de nós onde habitam palavras no fio da incerteza...na esmagadora solidão do tempo como um grito ecoando no silêncio dos muros.

Por vezes no intervalo entre as estações adormecem as recordações e deixo que no absinto dos meus lábios pouse uma borboleta que leva com ela as folhas vermelhas de um sonho atravessado por versos inquietos entre o sol e a escuridão.

Por vezes chamamos o amor para que ele exista!


Rosa Maria ( Maria Rosa de Almeida Branquinho )









sábado, 13 de setembro de 2025

Foi quase...Amor!


 Quase uma noite de paixão...quase um mar por desbravar

Uma sombra quase claridade...sonho quase...quase amor

Uma boca quase beijo...um vazio quase abraço...um olhar

Um toque por sentir...um amor por fazer...frio quase calor


Quase duas mãos entrelaçadas...quase uma história de amor

Quase um rosto que esqueceste...um olhar que enfeitiçaste

Quase tudo e quase nada...uma lágrima de tristeza...uma flor

Um carinho quase ternura...rosa negra que em mim deixaste


Uma noite quase cio...um beijo adormecido...riso quase dor

Um sonho quase infinito... voo quase céu...treva quase luar

Olhar quase veludo...corpo quase seda...gemido quase amor

Vendaval quase brisa...tempo quase vida...ilusão quase real


Uma manhã quase claridade...um murmúrio...quase ternura

Um grito quase suspiro...alma quase voo...céu quase branco

Um mar quase azul...onda quase serena...grito quase doçura

Solidão quase loucura...um sorriso triste...olhar quase pranto


Um caminho quase destino...um espelho...uma lembrança

Uma treva quase sol...um frio quase fogo...um olhar vazio

Uma noite quase dia...quase um momento...uma esperança

Um poema quase infinito...rosa quase veludo...eco no vazio


Quase um momento...quase um instante...quase eternidade

Quase um abraço...quase um sorriso... rosto quase ternura

Quase um afago...quase corpo...quase desejo...só saudade

Quase um olhar ...quase ilusão...quase...quase loucura


Rosa Maria ( Maria Rosa de Almeida Branquinho )