sábado, 10 de outubro de 2009

Esgota-se o tempo

Esgota-se o tempo.
O tempo que não tenho, que nunca tive, que passa, mas que não quero que passe, quero ficar com ele, chamar o tempo que passou, para o voltar a viver, quero que o tempo se esgote, e quero ficar com ele, ou será só o tempo bom que quero, não o tempo de chuva e tempestade, de nevoeiro cerrado.
Talvez queira parar o tempo, e todos os relógios que marcam esse tempo.
Ficar parada como os relógios, como o tempo que me falta, que não tenho, mas ao mesmo tempo quero ter, porque talvez ainda tenha coisas para fazer no tempo que se esgota.
Que quero e não quero que passe.

2 comentários:

  1. Rosa
    Estou aqui neste domingo chuvoso ouvindo a chuva e lendo os teus poemas..Fiquei pensando o que estarias fazendo no outro lado do Atlântico, talvez dormindo, sonhando? Este é o tempo que pensas não ter, é o mesmo para mim. Com a diferença do fuso-horário. Mas sonhamos na mesma hora...enquanto leio o que escreveste num outro tempo anterior ao meu...Vês? Temos todo o tempo que precisamos!!!
    Beijos.

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  2. Ricardo
    É outono em Portugal, mas no meu Domingo estava um calor abrasador.
    Fiquei deveras sensibilizada, por estares a ler os meus poemas num Domingo.
    O meu Domingo foi igual a todos os outros.Almoço com os filhos,e fui votar.
    obrigada pelas palavras lindas
    Bjs

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Amigos são velas acesas ao fundo da escuridão
alumiando o caminhode volta...a presença doce e
serena numa noite de tempestade...são o abraço
suave da vida...palavras ditas muitas vezes em
silêncio aquecendo a alma e o coração.

Um beijinho carinhoso a todos que por aqui passam.
Sonhadora