O
tempo passará sempre...mesmo que o corpo morra ele continuará
depois de nós...no fim do fim ele existirá e de quem fomos apenas
vai restar uma doce recordação e em algum lugar as almas se
encontram.
Há um tempo certo para colher as flores...um tempo certo para viver e para morrer e até lá vamos caminhando neste tempo que não existe mas que persiste e sinto-o devastando o meu corpo e afagando a minha alma.
Nada é para sempre...vive-se o momento e veste-se o tempo com um vestido de sonhos...reescreve-se o passado para enfrentar o futuro e tolerar o presente. É isto o tempo...é isto a vida...partir para onde não existe regresso...apenas com a certeza desse corpo mortal e da imensidão da eternidade.
Não sei o que fazer com o tempo e não sei o que fazer comigo...não sei o que fazer do amanhã...não sei o que fazer do meu corpo e do meu cansaço...não sei o que fazer das cinzas onde arderam todas as minhas ilusões...onde se extinguiu a vida.
A vida é uma dor que grita...um cárcere onde o tempo é um senhor absoluto... intervalo entre o chegar e partir...onde a escuridão cega a claridade no limbo onde tantas vidas sobrevivem no esquecimento.
Lembro nomes e rostos dos que partiram...retratos e memórias que vão perdurar no tempo...encontros e despedidas sem regresso...pedaços de vida espalhados aqui e além...recomeços e partidas...lembranças que trago coladas à pele como se fosse um adeus do tempo que começa a morrer.
Por vezes paga-se um preço demasiado alto pela estadia que para uns é um suave tapete de rosas e para outros um caminho de espinhos. Para uns uma muito breve passagem e para outros imensamente longa...demasiado longa.
Nada é igual ao que passou...nada se repete, apenas se acrescenta mais dor e sofrimento ao tempo...mais negrume à noite imensa que me veste e mais medo ao medo do medo.
É este o tempo...o meu tempo...supremo instante que precede a morte. Não sei a data nem a hora...estou esperando no cais da partida para o eterno retorno a casa.
Há um tempo certo para colher as flores...um tempo certo para viver e para morrer e até lá vamos caminhando neste tempo que não existe mas que persiste e sinto-o devastando o meu corpo e afagando a minha alma.
Nada é para sempre...vive-se o momento e veste-se o tempo com um vestido de sonhos...reescreve-se o passado para enfrentar o futuro e tolerar o presente. É isto o tempo...é isto a vida...partir para onde não existe regresso...apenas com a certeza desse corpo mortal e da imensidão da eternidade.
Não sei o que fazer com o tempo e não sei o que fazer comigo...não sei o que fazer do amanhã...não sei o que fazer do meu corpo e do meu cansaço...não sei o que fazer das cinzas onde arderam todas as minhas ilusões...onde se extinguiu a vida.
A vida é uma dor que grita...um cárcere onde o tempo é um senhor absoluto... intervalo entre o chegar e partir...onde a escuridão cega a claridade no limbo onde tantas vidas sobrevivem no esquecimento.
Lembro nomes e rostos dos que partiram...retratos e memórias que vão perdurar no tempo...encontros e despedidas sem regresso...pedaços de vida espalhados aqui e além...recomeços e partidas...lembranças que trago coladas à pele como se fosse um adeus do tempo que começa a morrer.
Por vezes paga-se um preço demasiado alto pela estadia que para uns é um suave tapete de rosas e para outros um caminho de espinhos. Para uns uma muito breve passagem e para outros imensamente longa...demasiado longa.
Nada é igual ao que passou...nada se repete, apenas se acrescenta mais dor e sofrimento ao tempo...mais negrume à noite imensa que me veste e mais medo ao medo do medo.
É este o tempo...o meu tempo...supremo instante que precede a morte. Não sei a data nem a hora...estou esperando no cais da partida para o eterno retorno a casa.
Rosa
Maria (Maria Rosa de Almeida Branquinho)