quinta-feira, 21 de março de 2013

DIA MUNDIAL DA POESIA



Queridas amigas e amigos...não poderia faltar aqui neste dia da poesia para dar os parabéns a todos os poetas e poetisas.
E deixar este selinho para comemorar o Dia da Poesia e ao mesmo tempo agradecer o carinho que me deixaram em cada palavra de afecto e ternura.
Estou melhorando, mas ainda me custa muito escrever,não consigo estar muito tempo a digitar por isso peço desculpa de não agradecer individualmente a cada amiga e amigo que por aqui passou desejando-me as melhoras.
Espero voltar em breve...entretanto deixo este texto que tinha escrito há algum tempo.

Um beijinho com carinho
Rosa

O selinho está aqui: http://rosasolidao2.blogspot.pt/



A poesia é uma viagem em silêncio entre a pele e a memória...um vôo ao infinito...uma descida ao inferno...feita de luz e sombras...ir além do corpo...penetrar na alma entre chegadas e partidas...
latejando no corpo em fogo...no desejo a arder...vermelho e negro...começo e fim...morrer e renascer...o autopsiar da alma entre o tempo e as memórias...o vermelho vivo do sangue...a hemorragia que escorre dos dedos...é a poesia.
A poesia faz amor com as palavras...devora bocados de solidão...despe-se na noite...veste-se de parágrafos...bebe-se lentamente...soletra-se docemente...uma página em branco esperando o derramar da ilusão...uma carícia sensual escorrendo como um rio de emoções.
A poesia é a carícia dos dedos...a voz que se entorna no papel...um grito mudo...um vazio intensamente cheio...uma dança sensual...vestida de ausência e repleta de silêncios.
A poesia é a maré dos corpos na rebentação das águas...o inferno trocado por bocados de eternidade...uma viagem de luz e sombra...na memória das feridas...entre sonhos e delírios...o caos e a tempestade...entre o céu e o inferno...está a poesia.
A poesia é um silêncio gritado na cumplicidade das mãos...no vazio da noite...na loucura de todos os poetas aprisionada no poema...uma armadura de aço que prende as mãos... que amordaça os gestos numa estrada de silêncio que apenas o poeta percorre...árido labirinto no vazio inabitável de lugar nenhum.
A poesia é a loucura de todos os poetas...os segredos da memória...prende e asfixia...escreve e descreve quase nada e quase tudo...é a viagem de um fim incerto...arquivos da mente a preto e branco...fragmentos do que se quer dizer...gritos do que se quer calar.